NÃO TIRE A FEBRE DOS SEUS FILHOS
Cabelo, Pele e Unha

NÃO TIRE A FEBRE DOS SEUS FILHOS



     A noção benéfica sobre a febre, persistiu por séculos, e inúmeros pacientes foram efetivamente tratados com 'terapia da febre' para ajudar sua recuperação de doenças como sífilis e tuberculose.

Em meados de 1800, compostos de aspirina que reduziam a febre rapidamente, se tornaram disponíveis comercialmente, e a visão médica da febre mudou abruptamente; e então médicos e pacientes ficaram focados em diminuir a febre.

De uns anos para cá, o ponto de vista sobre a febre está passando por mais uma reviravolta, graças à pesquisas recentes, que têm documentado os benefícios que a febre pode trazer ao nosso organismo. 

As novas descobertas levantam sérias dúvidas sobre tomar aspirina ou paracetamol para febre abaixo de 40 graus. 
De fato, um número de médicos, incluindo pediatras, agora estão sugerindo que as febres moderadas sejam permitidas em seu curso, pois ela pode reduzir a doença, potencializar a ação de antibiótico, e reduzir as chances de espalhar a infecção para outras pessoas.

Existem várias causas de febre, mas elas são mais comumente associadas à dezenas de diferentes vírus, bactérias e parasitas, que causam diversos tipos de infecções.

No que dia respeito às crianças, o temor dos pais, é de que a febre possa destruir componentes celulares do corpo, e ocasionar uma convulsão febril,  levando a danos neurológicos permanentes.

No entanto, estudos mostram o contrário, provando que a febre e convulsões febris não causam danos, mas sim as toxinas internas e micróbios, que se não forem eliminados, podem danificar o sistema interno, incluindo o sistema nervoso.

Portanto, suprimir a febre para evitar danos neurológicos, é  fazer exatamente o oposto, facilitando a disposição do paciente à toxicidade dos agentes invasores, e causando os mesmos sintomas que se está tentando evitar.

Até hoje não houve nenhuma evidência de dano celular causado pela febre, e na verdade, parece difícil de acreditar que o corpo simplesmente possa se "auto-cozinhar".

Quando o corpo produz uma febre, a regulação da temperatura não está fora de controle; apenas o termostato do corpo coloca a temperatura a um nível mais elevado, para poder lidar com os invasores (vírus,bactérias,etc). Na verdade, existem mecanismos internos do corpo, para reduzir a febre, quando ela alcança uma certa temperatura.


Como acontece a febre:
Normalmente, quando os vírus infecciosos ou bactérias entram no nosso organismo, as células do sangue conhecidas como "células-T", os identificam como invasores, e alertam uma região do cérebro conhecida como hipotálamo. Uma das funções do hipotálamo é manter a temperatura do corpo num nível constante (37 °).
Ao ser alertado pelas células-T , o cérebro aumenta o processo metabólico, fazendo com que eleve a temperatura do corpo, de modo a gerar uma grande quantidade de calor.
Se quantidade maior de calor for necessária, então ele gera os calafrios e arrepios no corpo, para que mais calor seja originado pelo atrito.

Ou seja, o hipotálamo não se contenta, até elevar a temperatura corporal ao nível requerido (ás vezes até 39 °), resultando em febre.

Este processo é totalmente natural e benéfico para o corpo, porque as células T executam suas tarefas de forma mais eficaz em 38 ° a 40 ° Celsius de temperatura.

Isto cria um ambiente hostil para organismos invasores, prejudicando a capacidade das bactérias e dos vírus para se replicarem, pois os vírus não podem suportar o calor além de certo limite, e então são exterminados;  as bactérias necessitam do conteúdo mineral de ferro do sangue para sua reprodução, e como a circulação do componente de ferro é reduzida durante a febre, a sua proliferação também é reduzida automaticamente.

Portanto, a febre não é doença, mas sim, uma resposta do corpo à doença. É um contra-ataque sobre os vírus e as bactérias.
Após o extermínio da infecção, o  hipotálamo traz a temperatura do corpo de volta ao nível normal.


Estudos: 
 Pesquisas mostram que deixar uma febre seguir seu curso, pode reduzir a duração e a severidade de doenças como gripes e resfriados.

Um estudo em adultos ("Os efeitos adversos da aspirina, paracetamol, ibuprofeno e em função imunológica, excreção viral e estado clínico em voluntários infectados pelo rinovírus.") descobriu que a aspirina e paracetamol suprimiram a produção de anticorpos do paciente e aumentou os sintomas do resfriado, com uma tendência para mais derramamento viral e sintomas prolongados.
REF: J Infect Dis 1990; 162: 1277-1282.

Também foi verificado que as taxas de mortalidade aumentam em pacientes que são menos capazes de produzir uma febre suficientemente elevada em resposta a infecções (American Journal of Medicine. 68 : 344-355, 1980).

Reduzir a febre com uso de aspirina, por exemplo, faz a doença durar mais tempo como Timothy John Doran de Hopkins University, Baltimore tem demonstrado no caso da varicela, publicado no Jornal de Pediatria 114: 1045-8 (1989).

Um estudo de 2004, publicado no Jornal de Alergia e Imunologia Clínica, descobriu que as crianças que tiveram febre durante o seu primeiro ano de vida, eram menos propensas a desenvolver alergias mais tarde na infância, do que crianças que não tinham febre.

Pesquisas tem demonstrado que muitas respostas imunes são reforçadas por um aumento na temperatura. Tratamentos antipiréticos para a febre, são geralmente desnecessários e possivelmente prejudiciais. Tem sido sugerido, que podem prolongar a doença e aumentar ou prolongar a libertação viral.


O que fazer em caso de febre ?

1. Ingerir bastante líquido. 
A febre aumenta a perda de líquidos e pode causar desidratação. Muitas vezes, as crianças com febre não sentem sede. Ofereça-lhe bastante água ou suco natural. Pequenos goles frequentes são muitas vezes melhor, especialmente se a criança sentir-se enjoada.

2. Tomar um banho morno ou colocar compressas frias em volta do pescoço e sobre a testa.


3. Evitar açúcar refinado. 
Tem sido documentado que o açúcar branco refinado pode suprimir o sistema imunológico.

Estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition em 1977 entitulado "Depressão de transformação dos linfócitos após a ingestão de glicose oral." ,  relata os efeitos adversos que o açúcar tem sobre o sistema imunológico.

No Estudo, foram analisadas as atividade de células brancas do sangue, antes e depois, em sujeitos que receberam várias doses de açúcar: 6, 12, 18 e 24 colheres de chá, respectivamente.

A cada dose mais elevada de açúcar, criou-se uma diminuição correspondente nas atividades das células brancas do sangue do sujeito. No grupo que consumiu maior quantidade de açúcar, os glóbulos brancos pararam de funcionar  uma hora depois da ingestão do açúcar.

A imunossupressão ocorreu durante até duas horas após ingestão, mas os efeitos adversos de qualquer atividade de células do sangue persistiu em alguns casos, por até cinco horas.

Portanto, não ofereça refrigerantes e doces às crianças com febre. Pois doses elevadas de açúcar pode enfraquecer o sistema imunológico, num momento em que ele precisa ser  mais forte.



Em alguns casos de febre, é bom procurar atendimento médico, tais como:

> Se for uma criança com menos de 8 semanas de idade;

> Se for uma criança que está passando por quimioterapia ou tiver um sistema imunológico comprometido

> Se não houver nenhum motivo para a febre da criança (sem tosse, corrimento nasal, alguma dor...) e a febre já durar por 2 a 3 dias

> Se a febre durar mais de 5 dias.

"O temor de que a febre possa subir descontroladamente e levar a convulsões febris, é frequentemente citado como justificativa para o uso de inibidores de febre (antipiréticos) e anti-inflamatórios.
O uso desta lógica pode ter tido origem no medo dos pais, ou simplesmente ter sido usado como alavanca de vendas de produtos farmacêuticos."

Fontes:

http://www.dailybulldog.com/db/health/its-getting-hot-in-here-the-benefits-of-fever/
http://www.flagstaffbusinessnews.com/understanding-the-benefits-of-fever/
http://www.medscape.com/viewarticle/410697_2
http://healingtouch.areavoices.com/2013/03/06/the-benefits-to-letting-a-fever-run-its-course/
http://www.nytimes.com/1982/12/28/science/fever-new-view-stresses-its-healing-benefits.html
http://www.parents.com/health/fever/fever-benefits/
http://www.naturalnews.com/043390_fever_health_benefits_immune_system.html







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